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Atividade turística na Europa cai 50% este ano e Portugal é dos mais afectados

Atividade turística na Europa cai 50% este ano e Portugal é dos mais afectados

24

JUN

2020

A Comissão Europeia projecta uma redução de 50% na atividade turística na Europa no ano corrente devido à pandemia que estamos a passar, estima “consequências a longo prazo” no setor,  Portugal  é um dos países mais afetados  devido à  sua dependência do turismo.

Nas previsões económicas da primavera do executivo comunitário, sobre o impacto da pandemia na economia europeia, a instituição aponta que, embora a crise gerada pela COVID-19 represente um “choque simétrico” a nível europeu, os “impactos diferem entre os Estados-membros, reflectindo a gravidade da pandemia, o rigor das medidas de contenção e as diferentes exposições, por exemplo, à dimensão do setor do turismo”.

Para estas previsões, a  Comissão Europeia recorreu a três cenários: considerando que medidas de confinamento adotadas pelos Estados-membros duram seis semanas, dez semanas ou doze semanas.

Ainda assim, aos três é comum a previsão de que a atividade turística cai 50% este ano, na qual se inclui transporte, hospitalidade, entretenimento e cultura, com Bruxelas a prever “efeitos duradouros” das medidas de contenção.

Para esta previsão entra também a “menor confiança e as perdas de rendimento” dos cidadãos, que serão “dissuasores de viagens não essenciais”.

Sobre Portugal, a Comissão Europeia antecipa “uma forte recuperação da economia após o choque inicial”, mas alerta para que, “em alguns setores, particularmente no turismo, espera-se que os efeitos secundários se prolonguem”.

Desde logo, por causa da “dependência de Portugal do turismo estrangeiro”, destaca Bruxelas.

Os dados da Organização para a OCDE, referentes ao ano de 2018, a Comissão Europeia destaca nas previsões que Portugal é dos países que mais dependente do turismo.

Isto também leva a consequências no desemprego em Portugal, com Bruxelas a indicar que a “lenta recuperação esperada no turismo e em serviços relacionados deverá ter um impacto negativo na procura de mão-de-obra durante um período mais longo”.

Questionado sobre os efeitos económicos da crise no turismo, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, referenciou em conferência de imprensa que “é preciso trabalhar para garantir que o turismo sobrevive ao verão”, mesmo que seja “em diferentes condições […] do verão passado”.

“Temos de tentar criar directrizes e possíveis regras para coordenar a situação porque temos diferentes tipos de turismo e países como Portugal e outros que são mais expostos ao turismo estrangeiro”, adiantou Paolo Gentiloni, falando aos jornalistas na apresentação destas previsões económicas da primavera.


Fonte: Lusa


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